2 de fevereiro de 2012

O Nome do Vento



O Nome do Vento




Autor: Patrick Rothfuss
Número de Páginas: 656
Onde Comprar: Submarino/Saraiva
Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.

Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.

Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 

Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança. 


Minha Opinião: "O nome do Vento" é um épico de fantasia movido pelo poder das histórias. Aqui, a magia se encontra nas palavras escritas, ditas e cantadas. Mas a verdadeira magia está na capacidade de descobrir o nome de todas as coisas. Tudo que existe, mesmo que não possamos ver ou sentir, possui um nome, e saber pronunciá-lo significa conquistar seu domínio...poder influenciar e fazer com que tais coisas se submetam a sua vontade.

O autor consegue nos levar através de um mundo de fantasia, magia e criaturas míticas, porém de forma que nos pareça comum e real. O ambiente criado por Rothfuss não é inflamado demais, permitindo que o leitor se entregue ao seu universo fantástico. Um mundo cheio de obstáculos, vícios e preconceitos; onde muitas vezes o que reina é a injustiça, a miséria e o egoísmo. Bem parecido com o nosso não é?


É sob o olhar de Kote que conhecemos uma parte da história de sua vida, iniciando com sua infância feliz em uma trupe de artistas itinerantes até sua precoce entrada na universidade. Kote insiste que precisa de três dias para contar toda a trajetória de uma vida, nem mais nem menos, e em "O Nome do Vento" - A Crônica do Matador do Rei - estamos no primeiro dia de sua história. Achei espetacular a idéia de uma trilogia onde cada livro relata um dia de história revelada e reescrita.


O livro é descrito com riqueza de detalhes e a personalidade do jovem Kvothe é entusiástica, ele transborda força de vontade e garra, mas ao mesmo tempo é ingênuo, impulsivo e até cruel. Dono de uma mente brilhante, possui uma inteligência invejável, uma língua afiada e um dom nato para dominar a magia e nominar as coisas. É alvo de muito ciúmes e inveja, o que lhe conferiu alguns inimigos e muitos problemas. Kvothe é ao mesmo tempo complexo e simplista. Se apaixona, mas não se declara; conquista amigos, mas é orgulhoso demais para demonstrar seu apreço; sente medo, mas se recusa a ser cuidadoso. Tem muitas qualidades, mas é teimoso e pouco exigente com a vida.

O motor que impulsiona Kvothe é o desejo de descobrir a verdade sobre a existência do Chandriano e seu combustível é a vingança.

"O Nome do Vento" é um livro indispensável para os amante de fantasia. Um épico que valeu cada página lida.
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